quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Há males que vêm para o bem

Olá você caro leitor que está morrendo de saudade dos meus posts (entenda-se ninguém), ansioso para saber sobre os acontecimentos da vida cotidiana deste mero gordinho a caminho das terras velhas. Eis-me aqui para suprir este teu desejo de informação, esta tua gana pela novidade e sua ânsia pelo novo. Tá parei.

Antes de iniciar o tema deste post, informo que estive ausente por motivos de: sem tempo nem pra cagar. Mas isso muda a partir de hoje, ok?

No dia 13 de Janeiro, postei sobre a família que me hospedaria em Londres (se você não leu, clique aqui). Dissertei um pouco sobre a família, o bairro, os restaurantes mais próximos, etc. Estava animado com a ideia de ir para Ealing, pois me pareceu um bairro bacana, cheio de coisas boas (comida) e bem melhor que a minha atual Osasco (ah vá).

Conversando com alguns amigos que fizeram intercâmbio, vi que eles receberam as informações da homestay mais ou menos 10 dias antes de viajar. Então me considerei privilegiado por receber 2 meses antes. Pesquisei o máximo que pude a respeito deles, e com o passar do tempo resolvi tentar um contato via telefone. 

Já encontrei problemas na hora de ligar. Vi que o código do Reino Unido é 44, e para ligar para um telefone residencial, deve-se discar 020 antes. Nas duas primeiras tentativas, não obtive sucesso. Na terceira, eu já estava quase desistindo após o 6º toque, quando ouço um sotaque seco e carregado dizendo: "Hello".

Minhas pernas tremeram e agradeci por estar sentado. Fiquei tão tenso que respondi com um simples "Alô", sem me tocar que estava falando com uma inglesa. Me apresentei para a Sra Clack, e disse que chegaria na casa dela dia 02 de Março. Para a minha surpresa, ela vestiu-se da rigidez britânica e disse-me que de forma alguma eu ficaria na casa dela, uma vez que já estava ocupada por outro estudante. 

Fiquei tão tenso na hora que acabei me enrolando no inglês, e com certeza ela não entendeu nada. Desliguei o telefone e imediatamente enviei um e-mail à escola, contando o ocorrido. Imagina se eu tivesse ido pra casa dela sem ligar?????????????

Comecei a ficar meio preocupado, pois faltavam apenas duas semanas para viajar, e não tinha lugar para ficar. Comecei a pesquisar pontes confortáveis, pois havia a chance de me tornar um homeless e ter que ir morar embaixo de uma delas. 

Eu de homeless - Reparem que seria magro por não ter o que comer

Porém para minha alegria e a felicidade geral da nação, na segunda-feira desta semana (dia 25/02) recebi uma nova hospedagem, que logo de cara me agradou pelo nome: Família King. Logo pensei: tipo vou ficar na casa do Rei???????????? Mas rapidamente percebi que trata-se de uma família comum, que assim como eu, pagam impostos. 

Salão de jantar do Rei

Além disso, a família King me agradou muito mais que a família Clack. Primeiro pela estrutura familiar, onde no topo estão Sr. John King e Sra. Fiona King (olha só ela tem nome de princesa <3), seguidos pelos seus filhos Harry (14 anos) e Sean (10 anos). O Sr King é professor e sua esposa, administradora de imóveis. Eles residem próximos ao rio Tâmisa, e a estação mais próxima do metrô é Gunnersbury.

Local que ficarei hospedado

Na terça-feira pela manhã, entrei em contato com o Sr King pelo telefone, e para minha alegria ele foi extremamente cordial e simpático. Disse estar ansioso para me receber, e após a ligação me mandou um e-mail desejando boa viagem e informando que sua família me aguarda de braços abertos.

Fiquei feliz com este primeiro contato, e creio que será uma experiência incrível passar um tempo com eles. Mais interessante do que ficar com os Clack. No final das contas, há males que vêm para o bem...

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